quarta-feira, 17 de março de 2010

Vamos Refletir...

O QUE OS TEÓRICOS FALAM SOBRE OS BEBÊS?






A grande maioria das profissionais envolvidas com as turmas de Berçário reclamam da pouca fundamentação teórica existente, das poucas atividades e possibilidades de brincadeiras para realizar no dia-a-dia da EMEI. Nos últimos anos tivemos que procurar estudos à cerca dessa faixa etária, mas é possível encontrarmos muito a respeito do que fazer com bebês em três grandes teóricos: Piaget, Vygotsky e Wallon.
Então o que dizem os teóricos sobre a faixa etária de 0 a 2 anos?
Começo essa fundamentação teórica sobre o trabalho com bebês com o estudioso Henri Wallon (1872-1962). Para Wallon a emoção é o principal mediador das relações da criança com o meio e ela se desenvolve pelo conflito. Na teoria de Wallon o bebê pouco a pouco vai estabelecendo um contato mais intimo com o que o cerca, dando correspondência a seus atos, passando também pelos estágios de desenvolvimento que são diferenciados e caracterizados por necessidades e interesses específicos da criança.
No estágio impulsivo-emocional, o bebê reage às sensações através de descargas musculares e movimentos descoordenados. Quando esses movimentos despertados pelas sensações vão sendo identificados pelos adultos é que o bebê começa a se desenvolver, há um elo de comunicação do bebê com o meio, constituindo novas formas de pensamento. Por isso, a importância na qualidade das interações que são oferecidas aos bebês.

Ainda na faixa etária de 0 à 2 anos, temos o estágio sensório-motor em que acontece a manipulação de objetos através da boca e isso por que, na verdade, a boca se constitui como o único local que possui movimentos coordenados. Enquanto leva os objetos à boca o bebê também começa a coordenar os movimentos das mãos e dos braços. Essa manipulação de objetos vai ser facilitada pela marcha (primeiros passos) e pelo inicio da fala.

Wallon também fala sobre a importância da criança se apropriar do espaço em que está inserida e de como o espaço infantil (no nosso caso a escola, a sala de aula) deve ser para a criança um campo de atividades que vão sendo ampliadas. Assim, “os aspectos físicos do espaço, as pessoas próximas, a linguagem e os conhecimentos próprios a cada cultura formam o contexto do desenvolvimento”.

Falando um pouco sobre o estudo de Vygotsky (1897-1934), penso ser importante mencionar que o interesse dele no estudo da infância, se deve ao fato de querer comprovar que o desenvolvimento é socialmente constituído.
Para esse teórico, “desde os primeiros dias do desenvolvimento da criança, suas atividades adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social [...]” (VYGOTSKY, 1984, p. 33). Ele justifica assim, a importância da interação do adulto com a criança, levando-a a significar culturalmente o meio em que está inserido, sempre se desenvolvendo através das mediações e interações do outro.

Vygotsky trás na sua teoria o conceito de zona de desenvolvimento real que se caracteriza pelas etapas já alcançadas pela criança, sendo aquilo que ela já sabe e a partir disso, nos chama a atenção para trabalharmos na zona de desenvolvimento proximal ou potencial da criança, definindo esse conceito como as funções que ainda não foram alcançadas ou que são realizadas com a ajuda do outro.

Justifica-se aí a intencionalidade das salas com desafios planejados, criados de acordo com a zona de desenvolvimento real dos bebês, mas com vistas para o que ainda poderão alcançar e amadurecer. É na zona de desenvolvimento proximal que deve ocorrer a intervenção pedagógica e as interações do bebê com o educador e com o ambiente.

Vygotsky acredita no desenvolvimento da aprendizagem através da interação e da imitação. Para esse pesquisador, ” imitar não é uma mera cópia do modelo, mas uma reconstrução individual do que é observado nos outros. A imitação aparece como uma possibilidade de se reconstruir o que se percebe externamente. Assim, a imitação se relaciona com o processo de desenvolvimento proximal quando, por exemplo, um bebê (após constante interação com o educador) imita seus atos, ou os chamados jogos gestuais (dar beijinho, fazer careta, barulhos com a boca). A imitação permite à criança que ela supere suas capacidades, porém ela avança só o que lhe permite seu nível de desenvolvimento, possibilitando compreender o outro e o ambiente.

Outro teórico é Jean Piaget (1896-1980), que no trabalho a ser realizado com bebês fala sobre o estágio sensório-motor que ocorre mais ou menos do zero aos 2 anos. Nesse estágio as percepções são marcadas não pela representação do objeto, mas sim sobre a ação direta da criança sobre ele. As interações que ocorrem entre o bebê e um objeto é uma maneira de explorar, tentar conhecer, comparar com outros esquemas já conhecidos também através da manipulação.
Piaget também trás alguns conceitos que devem ser colocados como intencionalidades ou habilidades a serem desenvolvidas com bebês. A noção de objeto permanente, ou seja, o bebê não está convencido de que quando um objeto desaparece diante dele, pode encontrá-lo de novo. São as interações, brincadeiras (lembram da brincadeira do paninho?) e conversas que o ajudarão a ter essa percepção.

É também no estágio sensório motor que temos a possibilidade do começo do trabalho com as idéias de espaço (materiais e corporais), tempo (duração e sucessão de eventos), causalidade (relação que une a causa a seu efeito – apagar e acender a luz é uma ótima descoberta!) e de reversibilidade (tem a possibilidade de retornar).

Sabendo dessas teorias, e trazendo-as para dentro do espaço da sala de aula através de ações, materiais e interações, estaremos contemplando o bebê enquanto aluno e enquanto sujeito ativo do seu conhecimento.

BRINCADEIRAS NA AREIA

   

Tão importante e tão rico de sensações, brincar na areia é essencial!
No nosso caso, um movimento que estamos iniciando com os nossos bebês e eles estão amando. Sempre que possível lá estamos nós!
O contato com a textura da areia, as sensações, o jogo simbólico (fazer bolinho, comidinha, castelinho), a interação dos bebês com os alunos das outras turmas da escola são intencionalidades que ficam por trás dessa gostosa brincadeira. Claro que a areia vai para diversos lugares: cabeça, dentro do tênis, boca (salve a fase oral!!!), mas ficamos atentas e tudo fica tranqüilo !!!

 
"Como eu vou saber da terra,
se eu não me sujar?
Como eu vou saber das gentes,
sem aprender a gostar?
Quero ver com os meus olhos,
quero a vida até o fundo.
Quero ter barro nos pés,
eu quero aprender o mundo!"

Pedro Bandeira

PDE - OFICINA 2





Estivemos reunidos com toda a nossa equipe no dia 08/03 para fazermos o nosso primeiro encontro sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação onde estudamos e refletimos sobre a nossa Unidade Escolar.
Foi muito gratificante e motivador este encontro pois pudemos visualizar como a nossa escola está e no que principalmente ela precisa melhorar.
Agradeço à todos pela dedicação e comprometimento que dedicaram à este encontro. Muito Obrigada.








Visita dos Alunos e Professores do Curso de Nutrição

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Recebemos no dia 26/02 à visita dos alunos e professores da Escola Técnica Dr. Demétrio de Azevedo Jr onde nos agraciaram com muitas guloseimas deliciosas. Primeiramente gostariamos de agradecer à todos pela dedicação, carinho e alegria que trataram nossos alunos. Obrigada por dedicar um pouquinho do tempo de vocês a nossas queridas crianças. Eles amaram receber a visita de todos e esperam anciosamente por vocês novamente. Obrigada Samia, vocês já fazem parte desta equipe

sexta-feira, 5 de março de 2010

Logo estaremos postando muitas novidades sobre a Nossa EMEI. Esta semana foi muito especial nossas educadoras fizeram muitas coisas interessantes e lindas com nossas crianças. Recebemos uma visita muito especial que se preocuparam em dedicar um pouquinho do seu tempo as nossas crianças. Elas com certeza amaram. Logo todos poderão se deliciar com as fotos e os vídeos que já estão quase prontinhos.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Momentos Especiais em nossa EMEI - Bercário II


domingo, 21 de fevereiro de 2010

Hora da Alimentação - Ato Pedagógico